O nascimento de cada um de nós é tão importante que costumamos comemorá-lo a cada ano, no dia do nosso aniversário. No dia de Natal, celebramos o nascimento mais significativo de toda história humana - o nascimento de Jesus, que é o filho de Deus - que foi anunciado séculos antes de acontecer.
Foi um nascimento esperado por todo povo de Israel. Por isso o velho Simeão, ao tomar nos braços o menino Jesus conduzido ao templo por José e Maria, pôde proclamar: "Agora, Senhor podes deixar teu servo partir em paz porque meus olhos viram a tua Salvação, que preparastes diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel".
Muitos séculos antes de Jesus nascer, o povo de Israel começou a ouvir dos profetas a promessa de que Deus enviaria o Messias para salvá-lo. O perfil do Messias prometido foi sendo descritos em vários escritos da Bíblia.
Isaías denominou o Messias de Emanuel, que quer dizer "Deus conosco". Ele profetizou: "Eis que a jovem conceberá e dará a luz um filho e lhe porá o nome de Emanuel". (Is 7, 14)
O profeta Jeremias anunciou que o Messias iria libertar seu povo da escravidão: "Eu quebrarei a canga que está no pescoço de vocês e arrebentarei as correntes que os prenderem, e vocês não vão ser mais escravos de estrangeiros. Servirão a Javé, o seu Deus". (Jr 30, 8)
É de Isaías também esta profecia: "O povo que andava na escuridão viu uma grande luz, para os que habitavam as sombras da morte. (...) Nasceu para nós um menino, um Filho nos foi dado. O poder de governar está nos seus ombros. Seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai para sempre, Príncipe da Paz". (Is 9, 1.5)
Os conterrâneos de Jesus aguardavam um Messias poderoso, um rei que viesse livrá-los do domínio estrangeiro. Mas não foi isso que aconteceu. Jesus nasceu numa família simples; nasceu entre os pobres, entre os que mais precisavam dele. Quem poderia reconhecer o Messias numa criança recém-nascida que tinha por berço uma manjedoura? Quem poderia reconhecê-lo nos braços de uma jovem mãe, mulher simples, que precisou se recolher num estábulo para dar à luz o seu filho?
Mas Jesus quis conhecer pessoalmente os pobres, conviver com eles e os amar até a dar a vida pela salvação de todos.
Uma nova luz começou a brilhar para o povo de Israel, no Natal. Nasceu uma nova esperança. O próprio Deus veio à terra : “E a palavra se fez carne e veio morar entre nós” (Jo 1, 14). Uma nova luz começa a brilhar também para nós, no NATAL.
