quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Epfania do Senhor

Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dEle, o adoraram. “Depois, abriram seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra.” (Mt 2, 11).
A Epifania (palavra grega que significa, aparição) é o complemento do Natal - também denominada pelos gregos de Teofania, ou seja, manifestação de Deus - era celebrada no Oriente já antes do século IV. É uma das mais antigas comemorações cristãs, tal como a Ressurreição de Nosso Senhor.

      Não podemos esquecer que a Encarnação do Verbo se tornou efetiva logo após a Anunciação do Anjo; entretanto, apenas Maria, Isabel, José e, provavelmente, Zacarias tiveram conhecimento do grande mistério operado pelo Espírito Santo. O restante da humanidade não se deu conta do que se passou no período de gestação do Filho de Deus.

      Por fim, nasce o Redentor, como um simples bebê. Quem estivesse, porém, tomado por um dom do Espírito Santo, discerniria naquela adorável criança os resplendores dos raios de sua fulgurante divindade. Não se tratava de um ente puramente humano; àquela natureza se unia a própria Divindade: Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Ali estava o Homem-Deus.
      Se, por assim dizer, no natal Deus se manifesta como Homem, na Epifania esse mesmo Homem se revela como Deus. Assim, nestas duas festas, quis Deus que o grande mistério da encarnação fosse revelado com todo o brilho, tanto aos judeus como aos gentios, dado o seu caráter universal.

      No Ocidente, desde o princípio, celebrava-se o Natal a 25 de dezembro, e no Oriente, a Epifania a 6 de janeiro. Foi a Igreja de Antioquia, na época de São João Crisóstomo, que passou a comemorar as duas datas. Só a partir do século V é que no Ocidente começou a se celebrar a segunda festividade.

      Em nossa atual fase histórica, a Liturgia comemora a
Adoração dos Reis Magos ao Menino Jesus.
Por outro lado, ainda permanecem alguns vestígios da antiga tradição oriental que incluía na Epifania, além da Adoração dos Reis, o milagre das Bodas de Caná e o Batismo do Senhor no Jordão. Hoje, em nossa Liturgia, as Bodas de Caná não são mais celebradas, e o Batismo do Senhor é festejado no domingo entre os dias 7 e 13 de janeiro.

      Em síntese, podemos afirmar que a Epifania, ou seja, a manifestação do Verbo Encarnado, não pode ser considerada desligada da adoração que Lhe prestaram os Reis do Oriente. Nesta cena está concernido um público reconhecimento da divindade do Menino Jesus unida à Sua humanidade.
O Natal celebra Deus que se esconde e humilha, ao assumir a nossa natureza, para nos salvar. A Epifania celebra a Manifestação do Senhor como Deus e Rei Universal, ao mesmo tempo, que exalta a glória divina e contempla brilhando no rosto da Igreja, Sua Esposa, a nova Jerusalém, depositária dos tesouros imensos da graça, oferecidos a todos os Povos, à semelhança do que aconteceu com o Povo Judeu.
Nos Magos (Baltazar, Belchior e Gaspar), vemos representados aqueles que, em qualquer lugar e em qualquer tempo, procuram Jesus.
Ora, o que movia o fundo da alma dos Reis Magos era o desejo de prestar culto de adoração Àquele que acabara de nascer. O significado da moção do Espírito Santo, levando-os a Belém, cifra-se no chamado universal de todas as nações à salvação e à participação nos bens da Redenção.

      Se aos Reis Magos Deus os chamou por meio da estrela, a nós Ele nos chama através de Sua Igreja, com sua pregação, doutrina, governo e Liturgia. Logo, a Epifania é a festa que nos convida a agradecermos ao Senhor, como também a Lhe implorar a graça de sermos guiados sempre e por toda parte através de Sua luz celeste, bem como de acolhermos com fé e vivermos com amor todos os dons que a Santa Igreja nos dá.
Deste modo, a Epifania revela:
  • O aspecto glorioso e divino do mistério natalício, que será plenamente revelado na Manifestação final do Senhor, termo e meta da História humana.
  • O caráter “universal” da mensagem evangélica: também os pagãos são chamados à salvação, também para eles Cristo não é apenas o Messias do AT., ligado à esperança duma nação, raça ou religião, mas, o Messias vindo para todos os homens que, duma maneira ou de outra, todos esperam.
  • A missão da Igreja no nosso tempo, que consiste em ser, como ”coletividade”, e em cada cristão, uma “Manifestação” autêntica de Cristo, de modo que todos reconheçam no testemunho da Igreja o testemunho perene do Evangelho de Cristo.

Um comentário:

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