quinta-feira, 14 de março de 2013

Não crer em Deus: Uma visão cristã



       Os acontecimentos do nosso dia a dia são tantos que, ás vezes, deixamos coisas tão simples passarem despercebidas. E o que torna essa simplicidade perceptível é a nossa condição espiritual.
       “Quem busca a verdade busca Deus sem saber”. Esse é um trecho de uma música que gosto muito e, por sinal, já ouvi bastante, porém, só hoje, pude perceber o peso que tem esse verso.
        Mas, afinal, o que é a verdade e quem é Deus? Deus, eu sei que é a verdade (Jo 14,6). E a verdade, o que é? Filosoficamente, a verdade: enuncia uma coisa que é (verdade da razão) e depende da experiência (verdade de fato), segundo Leibniz; e, é a interpretação da razão, segundo Kant. 
        Resumo, então, assim:
       ‘‘A verdade é o que a razão interpreta através da experiência como aquilo que é’’. A verdade é aquela que é! Pois, Deus é aquele que É. (Ex 3, 14)
        A tentativa de explicação da verdade leva todas as pessoas a quererem-na incondicionalmente. Todos querem a verdade, até aquele que mente. Quem diz não acreditar em Deus, mesmo sem saber, acredita, pois, busca a verdade e a verdade é Deus. É bem mais fácil não sujeitar-se a dar explicações sobre quem é Deus, até porque não tem o que explicar. Porém, é insano dizer não acreditar Nele, infelizmente, quem o diz, não sentiu a alegria de experienciá-lo.
        A fé exige de nós renúncia e doação total de nossa vida. Quem vive a fé coloca-se em um ambiente de ‘tiro ao alvo’: o tiro é tudo e todos que se dizem contra ao divino, o alvo é a pessoa que assume a Cristo.
Ser cristão é andar na contramão, e quem não souber se guiar acabará colidindo com o primeiro obstáculo e morrendo. Quem é que está disposto a isso? Eu estou.

Rafaela Costa

sexta-feira, 1 de março de 2013

SÉ VACANTE – Uma opinião


   O dia 11 de Fevereiro de 2013 entrou para a história, será lembrado como o dia em que o mundo inteiro voltou seu olhar para a Igreja de Cristo; o dia em que a pedra da igreja pediu retirada para que, em seu lugar, fosse colocada uma mais forte (MT 16, 18 - Tu és Pedro e sobre está pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela). Nada mais justo visto que essa pedra é humana. Humana e divina porque foi criada por Deus. E por ser divina, faz com que todas as pessoa (TODAS) indaguem sobre o seu proceder.
     Depois da renuncia de Bento XVI efetivamente no dia 28, foi só o que se ouviu - Sé vacante - é só o que se ouve e se ouvirá até a escolha do novo Papa. Para nós, cristãos católicos (digo, católico mesmo, praticante e defensor da fé católica) é como se estivéssemos “órfãos” de um pai, aqui na terra. De um pai que está vivo e que renunciou sua paternidade. Sua despedida comovente fez lágrimas caírem do meu rosto e uma tristeza imensa habitar meu coração. O porquê de tudo isso? Perguntei-me.
     Como criaturas humanas, temos necessidade de respostas, mesmo para aquilo que já possui resposta, mesmo para o que sabemos que a resposta É A VONTADE DE DEUS. E aí continuamos a nos perguntar: Por que a vontade de Deus é essa? Por que tem que ser assim? Por que tem que ser outro Papa e não esse? Esse nosso lado humano quer explicações demais, devemos deixar o divino aflorar em nós para aceitarmos os planos de Deus.
      Estamos em plena quaresma. Tempo de jejum e oração. Tempo em que a tentação vem para nos tirar a paz. Tempo em que a luz de Cristo devolve a paz roubada se purificarmos nossos corações. Esse tempo exige de nós uma conversão verdadeira, livre de qualquer interesse.
      Infelizmente nossa igreja está passando por momentos difíceis e precisando, sim, de uma sacudida para que os próprios "fiéis" se convertam à fé que assumiram. As pessoas estão se deixando corromper com as coisas mundanas. Ser Católico Apostólico Romano não é fácil, e se fosse não haveriam protestantes.  É triste ver aqueles que não comungam da mesma fé que a nossa criticar a renuncia do Papa (agora emérito), aproveitando o momento para “arrebatar ovelhas” e manipular a fé do outro. Mas, isso é a prova de que fazemos parte da Igreja de Cristo. Como diz no Livro do Apocalipse (12,17): Este (o dragão), então, se irritou contra a Mulher e foi fazer guerra ao resto de sua descendência, aos que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus.
     Assim como nosso Papa emérito retirou-se para orar, oremos também, para que o novo Papa continue a guiar a igreja segundo a vontade de Deus e que não deixe a “modernidade” modificá-la, pois somos nós que devemos modificar nossas atitudes, nossos pensamentos, nossos sentimentos e tudo aquilo que impede de sermos criaturas santas.
            
Rafaela Costa

domingo, 16 de janeiro de 2011

Viver todos os dias como se fosse uma etapa ao longo do caminho rumo à santidade.

Aquilo que caracteriza a existência das grandes mulheres e dos grandes homens da história cristã é um objetivo possível para toda pessoa de fé: foi o que disse Bento XVI em várias ocasiões, e as suas palavras adquirem um particular relevo nestes dias em que – passadas as grandes celebrações do Natal – a Igreja, como também a sociedade em geral, se encontra imersa no ritmo da vida ordinária.

Cada um volta a seu trabalho, às coisas da sua vida. Também o Evangelho segundo João descreve "o dia seguinte" ao do Batismo. Jesus que passa, João que o indica a seus discípulos, e estes que se colocam a seguir o Mestre. Não é uma cena memorável como a do Jordão, aliás, em comparação é de uma normalidade quase irrelevante.

E, no entanto, ensina algo de precioso para aquele "depois" que se dá na vida de todos após um dia particular, ou um período especial após o qual é preciso retomar – talvez com certa nostalgia – as atividades de sempre.

Também a Igreja, entre um "evento" e outro de grande importância espiritual, faz algo análogo com o que em termos litúrgicos se chama de "Tempo Comum". Mas é um ordinário somente aparente, porque para um cristão, normalidade jamais significa mesmice. Bento XVI explicou isso tempos atrás com as seguintes palavras:
“ No domingo passado, no qual celebramos o Batismo do Senhor, teve início o tempo comum do ano litúrgico. A beleza desse tempo está no fato que nos convida a viver a nossa vida ordinária como um itinerário de santidade, ou seja, de fé e de amizade com Jesus, continuamente descoberto e redescoberto como Mestre e Senhor, Caminho, Verdade e Vida do homem." (Angelus, 15 janeiro de 2006).
Tempo comum = tempo de santidade.
Não se trata de um período sem sentido. Os dois discípulos que se colocam a seguir Jesus logo descobrem ter encontrado – como dirão – "o Messias", com tudo de extraordinário que isso significará. Mas o início de sua relação com Jesus parte com uma pergunta, também ela banal: "Mestre, onde moras?" e Jesus responde: "Vinde e vede". Pois bem, e mesmo nessa realidade ordinária encontra-se velada uma importante indicação – ressalta o Pontífice:

 “A palavra de Deus convida-nos a retomar, no início de um novo ano, este caminho de fé jamais concluído. "Mestre, onde moras?", digamos também nós a Jesus e Ele nos responde: "Vinde e vede". Para o fiel é sempre uma incessante busca e uma nova descoberta, porque Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre; mas nós, o mundo, a história, jamais somos os mesmos, e Ele vem ao nosso encontro para dar-nos a sua comunhão e a plenitude de vida."
(Angelus, 15 de janeiro de 2006).

Fonte: Rádio Vaticano

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Reflexão

Belém, os Magos e Herodes.
 “Tendo, pois, Jesus nascido em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que os Magos vieram do Oriente a Jerusalém". (Mt 2, 1).

Mateus se cala sobre maiores detalhes a respeito dos Magos; daí a divergências entre os autores. Entretanto, podemos afirmar que o nome Magos não pode ser tomado com as conotações próprias aos nossos tempos. Naquela época, significava pessoas de certo poder e muito distintas, em especial pelos conhecimentos científicos, sobretudo de astronomia. Além disso, a tradição apresenta-nos como reis.
O rei Herodes não pertencia à raça dos judeus, pois era idumeu. Chegou ao trono por apoio dos romanos, era estrangeiro. Foi muito habilidoso, restaurando com esmero o Templo de Jerusalém, no intuito de que se esquecessem de suas origens. Porém, sua fama perpetuou-se pelas grandes máculas de seus costumes dissolutos e de sua crueldade. “Perguntaram eles: 'Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a Sua estrela no Oriente e viemos adorá-Lo".
Os Reis Magos demonstram possuir grande fé, e não pouca intrepidez, ao formularem uma pergunta tão incisiva, tanto mais que poderia ser interpretada por Herodes como sendo uma negação de seu título e de seu poder, conquistados com tantos esforços.
"Ouvindo isto, o rei Herodes ficou perturbado e toda Jerusalém com ele".

É de fácil compreensão esse temor, dada a grande ambição, inveja e crueldade. Sua esposa e seus três filhos puderam experimentar a violência de seu péssimo e impetuoso temperamento, pois foram mortos por uma determinação tirânica sua, nascida do medo de que o destronassem.

Para um homem com essa moral desregrada e tão mau caráter, o anúncio do surgimento miraculoso de um novo rei só poderia causar perturbação ... Herodes, maquina a morte do Messias com dolosa malícia; viu certamente o grande fervor dos Magos em relação a Cristo, e como não podia contar com a cumplicidade deles para matar o futuro rei, ocorreu-lhe enganá-los. Então, começou a tomar ares de devoção enquanto afiava a espada e pintava com cores de humildade a perversidade de seu coração. Assim procedem todos os perversos: quando querem causar ocultamente algum dano muito grave a alguém, mostram-se humildes e amigos em relação a ele.
“E, enviando-os a Belém, disse: 'Ide e informai-vos bem a respeito do Menino.Quando o tiverdes encontrado, comunicai-me, para que eu também vá adorá-lo".
"Tendo eles ouvido as palavras do rei, partiram. E eis que a estrela, que tinham visto no Oriente, os foi precedendo até chegar sobre o lugar onde estava o Menino, e ali parou. A aparição daquela estrela os encheu de profunda alegria".
Assim sempre procede Deus, recompensando aqueles que são fiéis à Sua graça. É comovedora a confiança penetrada de coragem desses Reis Magos, diante de um tirano de tão má fama. Não há dúvida de estarem sustentados pelo Espírito Santo.
"Entrando na casa, acharam o Menino com Maria, sua mãe".
Palavras proféticas, inspiradas pelo Espírito Santo, para deixar constando pelos séculos afora que não se pode encontrar Jesus sem Maria, e menos ainda, Maria sem Jesus. A História comprova - e muito mais o fará - o quanto a devoção à Mãe conduz à adoração ao Filho, e vice-versa.
"Avisados em sonho de não tornarem a Herodes, voltaram para sua terra por outro caminho". (Mt 2, 12)
Deus jamais deixa de proteger aqueles que o servem com amor e fidelidade. Se os Magos tivessem retornado a Herodes, eles mesmos poderiam ter precedido os inocentes na morte.

A todos nós, Deus nos faz retornar à Pátria "por outro caminho", segundo nos ensina São Gregório Magno. Infelizmente, deixamos o Paraíso Terrestre pelo pecado de orgulho de nossos primeiros pais; mais ainda, dele nos afastamos pelo apego às coisas deste mundo e devido aos nossos próprios pecados. Deus como bom Pai, nos oferece o Paraíso Eterno; mas, para nele entrar, o caminho é o oposto ao do orgulho e da sensualidade, ou seja, o do desprendimento, da obediência, da renúncia às nossas paixões.

Epfania do Senhor

Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dEle, o adoraram. “Depois, abriram seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra.” (Mt 2, 11).
A Epifania (palavra grega que significa, aparição) é o complemento do Natal - também denominada pelos gregos de Teofania, ou seja, manifestação de Deus - era celebrada no Oriente já antes do século IV. É uma das mais antigas comemorações cristãs, tal como a Ressurreição de Nosso Senhor.

      Não podemos esquecer que a Encarnação do Verbo se tornou efetiva logo após a Anunciação do Anjo; entretanto, apenas Maria, Isabel, José e, provavelmente, Zacarias tiveram conhecimento do grande mistério operado pelo Espírito Santo. O restante da humanidade não se deu conta do que se passou no período de gestação do Filho de Deus.

      Por fim, nasce o Redentor, como um simples bebê. Quem estivesse, porém, tomado por um dom do Espírito Santo, discerniria naquela adorável criança os resplendores dos raios de sua fulgurante divindade. Não se tratava de um ente puramente humano; àquela natureza se unia a própria Divindade: Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Ali estava o Homem-Deus.
      Se, por assim dizer, no natal Deus se manifesta como Homem, na Epifania esse mesmo Homem se revela como Deus. Assim, nestas duas festas, quis Deus que o grande mistério da encarnação fosse revelado com todo o brilho, tanto aos judeus como aos gentios, dado o seu caráter universal.

      No Ocidente, desde o princípio, celebrava-se o Natal a 25 de dezembro, e no Oriente, a Epifania a 6 de janeiro. Foi a Igreja de Antioquia, na época de São João Crisóstomo, que passou a comemorar as duas datas. Só a partir do século V é que no Ocidente começou a se celebrar a segunda festividade.

      Em nossa atual fase histórica, a Liturgia comemora a
Adoração dos Reis Magos ao Menino Jesus.
Por outro lado, ainda permanecem alguns vestígios da antiga tradição oriental que incluía na Epifania, além da Adoração dos Reis, o milagre das Bodas de Caná e o Batismo do Senhor no Jordão. Hoje, em nossa Liturgia, as Bodas de Caná não são mais celebradas, e o Batismo do Senhor é festejado no domingo entre os dias 7 e 13 de janeiro.

      Em síntese, podemos afirmar que a Epifania, ou seja, a manifestação do Verbo Encarnado, não pode ser considerada desligada da adoração que Lhe prestaram os Reis do Oriente. Nesta cena está concernido um público reconhecimento da divindade do Menino Jesus unida à Sua humanidade.
O Natal celebra Deus que se esconde e humilha, ao assumir a nossa natureza, para nos salvar. A Epifania celebra a Manifestação do Senhor como Deus e Rei Universal, ao mesmo tempo, que exalta a glória divina e contempla brilhando no rosto da Igreja, Sua Esposa, a nova Jerusalém, depositária dos tesouros imensos da graça, oferecidos a todos os Povos, à semelhança do que aconteceu com o Povo Judeu.
Nos Magos (Baltazar, Belchior e Gaspar), vemos representados aqueles que, em qualquer lugar e em qualquer tempo, procuram Jesus.
Ora, o que movia o fundo da alma dos Reis Magos era o desejo de prestar culto de adoração Àquele que acabara de nascer. O significado da moção do Espírito Santo, levando-os a Belém, cifra-se no chamado universal de todas as nações à salvação e à participação nos bens da Redenção.

      Se aos Reis Magos Deus os chamou por meio da estrela, a nós Ele nos chama através de Sua Igreja, com sua pregação, doutrina, governo e Liturgia. Logo, a Epifania é a festa que nos convida a agradecermos ao Senhor, como também a Lhe implorar a graça de sermos guiados sempre e por toda parte através de Sua luz celeste, bem como de acolhermos com fé e vivermos com amor todos os dons que a Santa Igreja nos dá.
Deste modo, a Epifania revela:
  • O aspecto glorioso e divino do mistério natalício, que será plenamente revelado na Manifestação final do Senhor, termo e meta da História humana.
  • O caráter “universal” da mensagem evangélica: também os pagãos são chamados à salvação, também para eles Cristo não é apenas o Messias do AT., ligado à esperança duma nação, raça ou religião, mas, o Messias vindo para todos os homens que, duma maneira ou de outra, todos esperam.
  • A missão da Igreja no nosso tempo, que consiste em ser, como ”coletividade”, e em cada cristão, uma “Manifestação” autêntica de Cristo, de modo que todos reconheçam no testemunho da Igreja o testemunho perene do Evangelho de Cristo.

Solenidade da Santa Maria, Mãe de Deus

A Solenidade da Santa Maria Mãe de Deus é a primeira Festa Mariana que apareceu na Igreja Ocidental, sua celebração se começou a dar em Roma no século VI, provavelmente junto com a dedicação em 1º de janeiro do templo “Santa Maria Antiga”.
“A antigüidade da celebração Mariana se constata nas pinturas com o nome de Maria Mãe de Deus” (Theotókos) que foram encontradas nas Catacumbas ou antiquíssimos subterrâneos que estão cavados debaixo da cidade de Roma, onde se reuniam os primeiros cristãos para celebrar a Missa em tempos das perseguições.
Mais adiante, o rito romano celebrava em 1º de janeiro a oitava de Natal, comemorando a circuncisão do Menino Jesus. Depois de desaparecer a antiga festa Mariana, em 1931, o Papa Pio XI, com ocasião do XV centenário do concílio de Éfeso (431), instituiu a Festa Mariana para em 11 de outubro, em lembrança deste Concílio, onde se proclamou solenemente Santa Maria como verdadeira Mãe de Cristo, que é verdadeiro Filho de Deus. Mas na última reforma do calendário – após o Concílio Vaticano II – se transladou a festa para 1º de janeiro, com a máxima categoria litúrgica, de solenidade, e com título da Santa Maria, Mãe de Deus.
Desta maneira, esta Festa Mariana encontra um marco litúrgico mais adequado no tempo do Natal do Senhor; e ao mesmo tempo, todos os católicos começam o ano pedindo o amparo da Santíssima Virgem Maria.
O Concílio de Éfeso
No ano de 431, o herege Nestorio se atreveu a dizer que Maria não era Mãe de Deus, afirmando: “Então Deus tem uma mãe? Pois então não condenemos a mitologia grega, que lhes atribui uma mãe aos deuses”.
Ante isso, reuniram-se os 200 bispos do mundo em Éfeso – a cidade onde a Santíssima Virgem passou seus últimos anos – e iluminados pelo Espírito Santo declararam: “A Virgem Maria sim é Mãe de Deus porque seu Filho, Cristo, é Deus”. E acompanhados por toda a multidão da cidade que os rodeava levando tochas acesas, fizeram uma grande procissão cantando: "Santa Maria, Mãe de Deus, roga por nós pecadores agora e na hora de nossa morte. Amém".
Do mesmo modo, São Cirilo da Alexandria ressaltou: “Será dito: a Virgem é mãe da divindade? A isso respondemos: o Verbo vivente, subsistente, foi engendrado pela mesma substância de Deus Pai, existe desde toda a eternidade... Mas no tempo ele se fez carne, por isso se pode dizer que nasceu de mulher”.
Mãe do Menino Deus
"Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo sua palavra"
Faça-se. Santa Maria respondeu firme e amorosamente ao Plano de Deus; graças a sua entrega generosa Deus mesmo se pôde encarnar para nos trazer a Reconciliação, que nos libera das feridas do pecado.
A donzela de Nazaré, a cheia de graça, ao assumir em seu ventre o Menino Jesus, a Segunda Pessoa da Trindade, converte-se na Mãe de Deus, dando tudo de si para seu Filho; vemos porque tudo nela aponta a seu Filho Jesus.
É por isso, que Maria é modelo para todo cristão que busca dia a dia alcançar sua santificação. Em nossa Mãe Santa Maria encontramos a guia segura que nos introduz na vida do Senhor Jesus, nos ajudando a nos conformar com Ele e poder dizer como o Apóstolo “vivo eu mais não eu, é Cristo quem vive em mim”.